DE VOLTA PARA O PASSADO

As vezes me considero um sujeito muito estranho. Tenho uma mania e preciso compartilhar isso com vocês: eu costumo olhar uma pessoa e imaginar seu passado.

Hoje pela manhã eu vi uma senhora que aparentava ter "cinquentaetantos", uma daquelas que adoram puxar assunto com o motorista de ônibus, cobrador, passageiro, sabe? Na maioria das vezes dessa minha paranóia eu volto à escola ou quando a pessoa era bem pequena, e dessa vez não foi diferente. Imaginei-a num colégio para normalistas, sendo tipo a "gordinha chata" da sala, que pega no pé até de professor. Mas essa mesma "gordinha chata" era amiga, salvava a pele de todos, tinha sonhos, e certa forma queria ser popular. Imaginei em que momento essa menina virou mulher e depois virou "senhora", e se conseguiu atingir aquilo que tanto sonhava. Pensei ainda o quanto a vida passa rápido e devemos ser o que somos, para quando tiver-mos "cinquentaetantos" outro louco venha nos imaginar jovens e fantasiar sobre quem fomos, ou histórias que vivemos, mesmo que não exatamente como realmente tenham acontecido...
Eu sigo com minhas manias, e conto outras por aqui depois, por que de certa forma o agora já é passado.

O SUPER HERÓI

Eis nosso Herói. Bravo, destemido, ele enfrenta diariamente todos os piores inimigos que cruzam seu caminho. Uma falange de vilões que apresentam características diferentes e formas bizarras que tentam fazê-lo sucumbir. Ele resiste, mesmo atordoado por alguns golpes, e não desiste jamais. E assim seguem seus dias, seus dias de luta. Vindo de longínquas terras habitadas por monstros poderosíssimos, finalmente ele retorna ao seu esconderijo secreto, abandona seu uniforme rasgado pelas batalhas nas quais travou em busca da justiça, honra e paz mundial.

Metáforas à parte, Leandro chega em casa depois de mais um dia de trabalho...

Metamorfose Ambulante.

Músico, Compositor, Figurante, Pintor, Jogador de Futebol, Desenhista, Escritor, Pai, Ativista, Professor... Andei percebendo esses dias numa conversa pra lá de inspiradora com uma amiga de infância, que tem muita coisa que já fiz/ainda-faço. Ainda tem o que eu quero ser num futuro próximo. Sabem o que eu percebi? Que nunca fui 100% nada. E isso não é ruim, mas há pessoas que conseguem se dedicar com exclusividade a determinadas atividades, o que eu (é sério) desejo muito fazer. Meu plano é melhorar e poder completar mais os meus projetos, o que normalmente não acontece por falta de recursos, tempo, por esquecer ou por preguiça.

As vezes acho que tem dias que poderiam durar umas 49 horas pra que eu pudesse chegar do trabalho e fazer tudo o que penso. E assim vou levando... com um pouco de cada, mas sempre levando. Uma hora para em um. Ou não. E pensando bem... ia ser maravilhoso ser tudo isso. Ah se o dia durasse mesmo 49 horas.

Eu, Eu mesmo e as Mulheres

7:20 da manhã e eu no ônibus vindo para o trabalho. Parei pra imaginar que as mulheres pensam sobre meus olhares, tanto dentro do coletivo quanto na rua. Na certa não devem notar que eu reparei em como elas são especiais.

Tá, admito, é meio que chover no molhado falar isso mas hoje por exemplo fiquei olhando uma em especial. Loira, bonita, mais ou menos 1,80 m, cabelos cacheados, aparentemente perto da casa dos 30, resumindo: típica personagem de um Sex an the City ou qualquer comédia romântica dessas que eu curto. O que mais me chamou a atenção nela? O jeito com que ela prendeu seu cabelo com o próprio cabelo fazendo um "rabo de cavalo". Sim. Eu fiquei impressionado com esse pequeno detalhe, mas que me fez pensar nas peculiaridades que fazem desses seres tão superiores à galera do "coçar o saco, futebol de domingo e revistas pornôs" (não que isso seja de todo ruim...). Mas é.

Nessas horas talvez elas não consigam imaginar o quanto eu penso em conhecer, e saber mais sobre elas e não só como um belo pedaço de carne. Metáforas à parte, volto a lembrar: elas querem dominar o mundo. E se quiserem elas podem.