A MONTANHA RUSSA

Já se sentiram realmente bem estando sozinhos? Agora já se sentiram perdidos quando começam a sentir falta de alguém? Então... assim tenho passado esses últimos dias, andando nessa montanha russa. Mas incrivelmente preciso dizer que independentemente de passar alguns momentos tristes ou confusos: é muito bom se sentir vivo. Sabe? Poder respirar, tocar as coisas, rir, chorar, agora leitor eu e te pergunto... você tem se sentido vivo?

Não subestime a pergunta, por que quero que se pergunte se REALMENTE está vivendo ou tipo, somente ligado ao piloto automático dos seus dias. Desejo que você possa respirar fundo, olhar mais para o horizonte e principalmente, parar pra ouvir o que você mesmo quer lhe dizer.

Reflita.

Para ilustrar perfeitamente o que quiz dizer com esse texto... assista a esse filme:

Cidade dos Anjos

meio que nada a ver, mas fiquei feliz só de assistir ao trailler denovo depois de tanto tempo. É um filme pra se pensar muito sobre nossa existência e como levamos a vida.

A BANALISAÇÃO DA INOCÊNCIA...

Preciso desabafar. Tenho notado algumas mudanças no comportamento da "juventude" de hoje que é digamos, um pouco diferente da minha época (lembrem-se que sou velho, ou como eu mesmo gosto de me referir "old scholl").

Especificamente, tenho notado que a inocência está se perdendo, e temos uma grande culpada pra isso: a mídia. A cultura de massa atualmente é dominada por violência e apologia ao sexo, seja na música, televisão, jornais, e desfigura o que antes era maravilhoso.

Estou um pouco triste como isso se esvai. Meninas de 16 anos não mais pensam em namorar, casar e ter filhos, arrumar o cara mais lindo da escola e ir ao cinema e passear de mãos dadas. O romantismo juveniu se perde a cada segundo. Hoje o sexo, o status, e o dinheiro falam muito mais alto. Elas não querem mais arriscar um namoro por que "ela só tem 16, e é muito nova pra se prender a alguém". A grande banalização dos sentimentos que vem nessa onda cultural pós-moderna traz essas consequências para elas e até eles também. E dá-lhe micareta beijar 20 e cerveja na mente!

Antes que atirem a primeira pedra eu entendo a situação e já passei por isso, todos precisam se divertir ou se preservar, mas só resolvi ilustrar como o nosso processo de desumanização está acelerado.

Escrevi esse texto baseado em uma conversa de amigos meus sobre uma amiga que não quer namorar por que tem medo. Isso REALMENTE me deixou triste, por que ela e outras vão deixar de ter experiências maravilhosas, que as farão crescer, por culpa de outras pessoas que as magoaram, pessoas essas pré-influenciadas inconcientemente por uma cultura de massa que é cada dia mais pobre. E os sentimentos verdadeiros se vão...

Na TV elas não assistem mais a "Meu primeiro amor", e sim "Furacão 2000". Mas esperança ainda continua viva enquanto vierem as reprises da Sessão da Tarde. Prefiro acreditar que sim.


(Mas ainda acho INCRÍVEL gostar de alguém sem se preocupar se amanhã tudo vai mudar, é uma pequena grande magia...)

SHOW DE INCOERÊNCIA

Vocês já foram a um rodeio? Eu não, e me orgulho disso. Utilizando muito bem a metáfora, "vamos deixar de fazer rodeios" e ir direto aos fatos:

Nesse absurdo do entretenimento os animais são maltratados com choques elétricos, pauladas e outros "atrativos" como substâncias nos olhos do animal para que quando a porteira se abra eles saiam enfurecidos e saltem mais (pimenta). Sim, pimenta. Esporas presas às botas dos "bravos peões" são utilizadas com o mesmo propósito, bem como a cinta que é presa na virilha do animal (Sédem) e causa dor a cada salto.

E isso acontece frequentemente (sem o trema conforme a nova lei de escrita da Língua Portuguesa que passou a vigorar em 1º de Janeiro de 2009).

E há pessoas que PAGAM para assistir à essa tortura com o disfarce de entretenimento.

Isso é incrível, não? Não. Incrível á saber que A LEI PROTEGE OS ANIMAIS (ou pelo menos DEVERIA).

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Lei dos Crimes Ambientais (Lei Federal 9.605/98), no seu Art. 32, tipifica como CRIME "praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos"...

A Declaração Universal dos Direitos dos Animais, publicada em assembléia da UNESCO, em Bruxelas, 1978, no seu Art.10º preconiza: “Nenhum animal deve ser usado para divertimento do homem. A exibição dos animais e os espetáculos que os utilizam são incompatíveis com a dignidade do animal".

Fonte: http://www.uniaolibertariaanimal.com/rodeio/peticoes.htm

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Alguns rodeios já andam sendo proibidos pela justiça mas ainda há outros no Brasil e no mundo que seguem enriquecendo as custas da exploração dos animais. E por falar nisso você que lê este texto tão inconformado com a crueldade aos animais já parou pra pensar de onde vem a carne que a maioria da população mundial consome?

A meu ver, fica claro que a questão da incoerência quanto ao consumo de carne começa exatamente aonde deveria terminar a exploração dos animais: na Lei.

É como diz o ditado "pimenta nos olhos dos outros é refresco" (entendam como metáfora ou não)

Informe-se.

http://www.verdurada.org/animais.htm

EM 94 ERA DIFERENTE...

1994. Eu tinha 13 anos, e na época eu ficava em casa trancado vendo Chaves e Jiraya na TV, comendo Miojo e ouvindo algumas rádios. Até que um dia na Transamérica escutei uma música de uma banda que mudou minha vida, e todo o estilo de vida que vem me acompanhando durante minha vida. A música era "She" do Green Day, e depois disso passei a ficar grudado no rádio com uma Fita K7 pra tentar gravá-la pois não existia internet (imagine o trabalho e a tensão da espera pela música sem saber a que horas ela toca denovo). Era muito mais difícil... mais sincero, e até mais legal em certo ponto.

Mas, não há como fugir da globalização e ela também tem seu lado bom. Essa onda por exemplo, trouxe pra nós a gravação do documentário que tenho contado os dias pra que seja lançado: "One Nine Nine Four: Documenting the Birth, Growth and Explosion of Punk Rock in the 90s". Ele mostra o início da cena punk da década de 90, onde Green Day, Bad Religion, NOFX entre outras apareceram de vez para o mundo. Narrado por Tony Halwk, ele conta com entrevistas de músicos que viveram a época.

Vejam uma prévia (em inglês)...

BEM VINDO AO CLUBE...

"...todo mundo vai poder falar comigo a qualquer hora. A facilidade do sistema do "rádio" vai me fazer querer usar cada vez o serviço, e influenciar amigos, poder usar no trabalho e no dia a dia em geral. O som do bip de alerta vai me ajudar a construir uma imagem de sucesso perante a meus todos, e terei constante contato com quem tiver meu número, inclusive meu chefe, que tem um. Será mais uma maneira de me manter 100% conectado ao mundo global e ...."

Isso é um pedaço que resume o significado do slogan abaixo...

"Nextel, Bem vindo ao Clube."